De vez em muita, as pessoas falam comigo como se o fato de estar em Paris por si só fosse algo tão pleno que não haveria espaço sequer para uma dor de cabeça. Mas não é bem assim.
Já comentei que às vezes bate um baixo astral. E, hoje, especificamente, ele será tema da minha postagem. Na realidade, não sei se a expressão "baixo astral" é a mais aplicada... Nem sempre é fácil encontrar palavras para o que sentimos. Só sei que não poderia ignorar a sucessão de tragédias que temos assistido acontecer no Brasil e que, ontem, culminou com a perda de uma das minhas referências - o Ricardo Boechat. Ele vinha sendo minha companhia matinal já há anos. Ia para o Inmetro escutando o seu editorial e mesmo aqui eu o acompanhava pelo youtube. Então fica complicado fingir que nada aconteceu.
Quando estamos fora do país - ao menos, a grande maioria, dos mais diferentes cantos -, percebo que a ligação que temos com nossa pátria não se rompe. Aqui numa cidade tão cosmopolita vejo os "expatriados" acompanharem notícias, lerem materiais em suas línguas e manterem diversos hábitos que nutrem suas raízes. Comigo não tem sido diferente. Engana-se quem pensa que o fato de estar longe significa um distanciamento completo... Talvez para alguns sim. Mas a maioria, como eu, amarga uma bela fossa.
Hoje, aqui, em meio a todo o cinza do inverno parisiense, as lágrimas jorraram...
Foi foda Tay... Mas o q penso é que ele, assim como tantos bons q se foram recentemente, é q o mundo, especialmente o Brasil, tá barra pesada demais. Agora tão numa melhor.
ResponderExcluirÉ isso, Ju! Que estejam numa melhor e de alguma forma de lá nos ajudem a segurar essa barra!
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