Segundo fonte oficial de turismo (veja aqui), há cerca de 600 áreas com brinquedos ao ar livre para as crianças! Realmente inacreditável! Nos parques, jardins, praticamente a cada dois quarteirões nos deparamos com um. É um fator que nos impressiona desde que chegamos. Até porque não é algo que você preste atenção quando vem a turismo...
E esse foi de longe o programa que mais fizemos nessas nossa temporada - à exceção do período de inverno. Num raio de 10 minutos a pé, são uns 6 parquinhos que foram sendo o principal motor para adaptação do Theo (lá no início do blog eu falei sobre isso) e era um tema que eu tava devendo explorar mais. Então aqui estamos.
Um ponto que chama a atenção logo de cara é a limpeza e manutenção de toda a área. Impecável. Os brinquedos parecem escolhidos a dedo para incentivarem o desenvolvimento motor da criança: cordas, escadas, murinhos de escalada... o chão é forrado com um material que ao olharmos parece acimentado, mas, ao pisarmos, logo sentimos ser meio acolchoado - eventuais quedas são bem amortecidas. Cada brinquedo com sua faixa etária e muitos parques adotam um tema (brinquedos que formam um barco de pirata, um castelo, dragão, e por aí vai).
São tantos que comecei a buscar dicas do que visitar e achei uma lista com sugestão dos 10 considerados melhores. Já fomos a mais de 50 parquinhos diferentes, e cobrimos 5 dessa lista de 10. Considerando o total que existe na cidade, dá para ver que ainda estamos muito longe de conhecer todo o conjunto. Mas nas fotos abaixo dá para ter uma noção do que já pudemos aproveitar:
O interessante é que, como Paris é um caldeirão cultural, nesses parques a gente acaba tendo contato com todo o mundo; pessoas que vieram dos 4 cantos do planeta. Tenho estórias mirabolantes, até de encontros com amiga de infância. Theo agora faz amigos por onde passa. Mas no início foi duro. Ele não falava a língua e não conhecíamos bem as 'regras de convivência'. Um dos choques iniciais foi que as crianças emprestam o brinquedo quando e se quiserem. Eu, que estava acostumada no Brasil a obrigar o Theo a 'deixar o amiguinho brincar um pouco', confesso que estranhei muito no início. Mas, agora, não só nos acostumamos, como vejo o lado bom: a criança tem autonomia para essa decisão, e aprende a respeitar a propriedade do outro. E, quando tornam-se amigos, aí o empréstimo flui naturalmente. Mas eu continuo à moda brasileira, e felizmente não preciso insistir muito - Theo empresta os brinquedos com facilidade.
Por motivos óbvios, o parquinho onde batemos ponto quase todo dia é o que fica na esquina de casa: Dugommier. É pra lá que vão muitos coleguinhas da escola e outros que são os "amigos do parque".
Pra poder compartilhar um pouco da atmosfera dos parquinhos franceses separei algumas imagens que foram editadas pela minha querida amiga Juliane no vídeo abaixo:
E agora é aproveitar a chegada do bom tempo, o período de férias da primavera, porque temos ainda uns 500 parquinhos nos esperando pra brincar! 😁